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Oficina discute importância da desospitalização responsável

28/05/2014
Oficina discute importância da desospitalização responsável

    Debater a atuação das Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD), através do programa SOS Emergência, é a finalidade da oficina que foi realizada nesta terça-feira (28), no auditório da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal). Foram reunidas as equipes do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD)/Melhor em Casa do Hospital Geral do Estado (HGE), do município, da Unidade de Emergência do Agreste, além de profissionais de saúde de outros órgãos.oficinaeqmult
Segundo Isis Massaro, representante do Melhor em Casa/Ministério da Saúde (MS), dos 32 hospitais referenciados com o SOS Emergência, o HGE é o primeiro a ter uma equipe habilidade em Atenção Domiciliar funcionando. “O pioneirismo do HGE está sendo referência para as outras unidades no Brasil. A principal função do serviço é a articulação com a rede de Saúde estadual e também dentro da unidade hospitalar”, afirmou.
Ela explicou que o programa SOS Emergência tem entre seus objetivos sanar o problema da superlotação dos hospitais, seja através de mudanças nos processos de trabalho internos, criação de leitos de retaguarda, ou da desospitalização responsável feita pela atenção domiciliar. Olivia Ugarte, técnica da coordenação Geral de Atenção Domiciliar do Ministério da Saúde, também presente ao evento, mencionou que as EMADs auxiliam na desospitalização responsável dos hospitais.
“Problemas como escaras e pneumonias são minimizados com o funcionamento das equipes da Atenção Domiciliar no hospital. O paciente chamado crônico (não cadastrado na Atenção Básica, com diabetes e pressão arterial não controladas, por exemplo) recebe os devidos cuidados em casa, diminuindo, assim, as ocorrências desses problemas e não tendo seu estado de saúde  agravado dentro do hospital. Essa transferência de cuidados requer uma interação das EMADs com todos os pontos de assistência da rede, como centros de reabilitação e ambulatórios especializados”, enfatizou.
A representante do Ministério da Saúde (MS) em Alagoas, Valéria Pereira, ressaltou que a gestão vem amadurecendo com o SOS Emergência, o Hospital Geral tem evoluído ainda mais como o funcionamento das equipes de Atenção Domiciliar. “Estamos potencializando a desospitalização responsável no HGE, visando a construção coletiva de conhecimentos e quais articulações devem ser pactuadas”, afirmou.

    O serviço – Para a admissão de um novo usuário é preciso que o paciente se enquadre em alguns critérios pré-definidos, como estar clinicamente estável, residir dentro da área de abrangência do serviço e possuir (prioritariamente) um cuidador identificado.
O público alvo é composto, em sua maioria, por idosos e adultos, portadores de doenças crônico-degenerativas estáveis, portadores de incapacidade funcional, provisória ou permanente, pacientes em recuperação pós-procedimento cirúrgico, cuidados paliativos e recém-nascidos de baixo peso (abaixo de 1,5 kg), portadores de acidentes vasculares cerebrais, de necessidades especiais, doenças infectocontagiosas, cardiopatias, diabetes, entre outras enfermidades.
Atualmente o Serviço no HGE é formado por equipes multiprofissionais compostas por médicos, enfermeiros, assistentes sociais ou fisioterapeutas e técnicos de enfermagem.