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Sertão vive seca atípica

04/04/2014
Sertão vive seca atípica

Diz-se a boca miúda no sertão de cabra da peste que, um é bom, dois é ruim e três não presta, nada mais certo que os ditos populares, haja vista ser o povo dono de uma sabedoria imensurável. É público e notório que a denominada área sertaneja, encrustada no polígono da seca, com uma extensão de 8633, 10 km2, com uma população estimada em mais 432.667 habitantes com metade vivendo de uma agricultura e pecuária de subsistência, sem condições de comercializar praticamente nada, mormente no setor da agricultura, face os incentivos do governo para esse setor serem os mais fracos possíveis, montados em juros que se tornam impagáveis, porque como se pagar juros altos de onde não se tem renda alguma? Constituindo-se também se, um grande problema para o sertanejo, não obstante, e seca implacável que vem se arrastando já no terceiro ano seguido, basta que se vejam os anos sem invernos, notadamente no sertão, como 2012, 2013 e agora 2014, que segue o mesmo paradigma, a mesma bitola, que justifica muito bem o titulo do artigo, três anos de seca, é o que o sertanejo e sua família veem vivenciando, e observem que, com poucas e magras ajudas do governo, que ainda teima em dizer que o estado de Alagoas está tudo controlado, quando se sabe que são propagandas falaciosas, não correspondendo com a realidade do povo sertanejo, quando se vê a olhos vistos, talvez a hipérbole, justifique melhor a frase, dentro de uma prisma que só o sertanejo compreenda. Não é com bagaço de cana, nem a distribuição de bode nem galinha que se resolve o problema do sertão, porque ele tem uma historia é de seca, sendo um problema bem mais agudo e maior, todo problema dessa área tão seca quando árida, é um só e se resume em falta dágua, é ai que se concentra a medula do problema, e enquanto isto o governo federal tenta a tudo custo, em secar a única fonte de salvação dessa gente, que é o majestoso Rio São Francisco, que agoniza em suas areias secas, vendo-se obrigado a ceder suas águas para outros estados, por meio de uma transposição, obra de um nordestino analfabeto que se fez presidente do Brasil, cuja obra é sequenciada por uma gaúcha, que não possui compromisso com o Nordeste, e muito menos com o sertanejo, e assim caminha àqueles que infelizmente, tiveram a desdita de terem nascido nesta terra, e por ironia do destino, ter dona Dilma como presidente.
Propala-se aos quatro ventos que, o canal do sertão será a redenção do sertão, oxalá, pois, que seja mesmo, porém se não beneficiar o pobre, não resolverá o problema, as adutoras também resolveriam a questão, vieram, mas a população e os rebanhos aumentaram, e consequentemente os problemas, porque a água é extremamente cara, não dando condições de ninguém plantar nada. Mas com toda essas agruras de secas continuadas, o sertão ainda é bonito, não fosse a falta dágua, seria a terra melhor de se morar, haja vista a bondade de sua gente, comprovado está pois, que, o maior problema do sertão é falta de chuva e um governo com politicas voltadas para a região sertaneja, que vive uma historia de seca atípica sem precedentes.