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“Pensei que ia morrer sem ver água na minha terra”, diz agricultor beneficiado pelo Canal do Sertão

09/03/2014
“Pensei que ia morrer sem ver água na minha terra”, diz agricultor beneficiado pelo Canal do Sertão

Canal do Sertao_SEU MANOEL (16)Valha-me Deus é o nome do povoado onde reside o agricultor Manoel José da Silva, 66 anos, o Manuelzinho, como é conhecido na cidade de Delmiro Gouveia, alto sertão alagoano. Não por coincidência, a expressão que dá nome ao povoado certamente saiu da boca de milhares de sertanejos como Manuelzinho, que sofreram com as incontáveis secas que ainda castigam a região.
“Pedir a Deus para acabar com a seca e para chegar água no Sertão é uma coisa que a gente aprende a fazer desde pequeno. Eu, com 66 anos, achava que ia morrer e não ia ver água para plantar e para matar a sede e a fome de nós sertanejos e dos nossos animais, que são tão importantes nas nossas vidas”, conta o agricultor.
Manuelzinho se emociona ao falar sobre a revolução que uma importante obra já tem feito na vida dos sertanejos: o Canal do Sertão. “Quando fui procurado e me disseram que o Canal do Sertão passaria aqui na minha terrinha, eu não acreditei. A gente era acostumado a promessas e nada desse benefício chegar”, afirma.
“Hoje em dia, vejo o Canal passando por dentro do pedaço de terra que tenho em Delmiro e nem o que dizer!”, destaca o agricultor.
O Canal do Sertão entrou em operação em março de 2013, ainda na gestão de Marco Fireman à frente da Secretaria do Estado da Infraestrutura, levando água ao longo de 65 km. Com o Canal, estão sendo construídas três novas adutoras para distribuir água a 42 cidades, 1 milhão de pessoas e 350 comunidades do semiárido.
“O descrédito com que o Manuelzinho fala sobre a obra do Canal do Sertão sair do papel é legítimo. Afinal, foram tantos anos de promessa e nada havia sido feito. Hoje, o Canal do Sertão é mais do que uma realidade. Os canteiros de obra se estendem aqui no Sertão e em outras regiões como o Agreste”, declara Marco Fireman, que é presidente do PSDB Maceió.