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Alteração no Cadastro Nacional amplia possibilidades de adoção internacional em Alagoas

27/03/2014
Alteração no Cadastro Nacional amplia possibilidades de adoção internacional em Alagoas

Crianças brincam em abrigo à espera de uma família

Crianças brincam em abrigo à espera de uma família

  A alteração feita no dia 24 deste mês pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na Resolução 54/2008, que criou o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), para incluir dados sobre adoção internacional a serem alimentados pelas Comissões de Adoção Internacional (Cejais) dos Estados e do Distrito Federal vai ampliar as chances de crianças com idade mais avançada ganharem um novo lar.
O secretário da Cejai em Alagoas, que é vinculada à Corregedoria-Geral da Justiça do Estado (CGJ-AL), José Hamilton Ramos de Azevedo, informou que apesar da medida ter sido tomada recentemente pelo CNJ, a demanda de casais estrangeiros querendo se cadastrar em Alagoas aumentou junto à CGJ-AL.
“Atualmente, 11 famílias estrangeiras, de países como Itália, França, Estados Unidos, Espanha e Suíça estão habilitadas no estado. Temos 26 processos de habilitação de casais italianos em andamento. A repercussão por causa da alteração feita pelo CNJ no Cadastro Nacional foi grande. Nos últimos dias, três famiílias americanas entraram em contato com a Cejai”, contou.
Segundo o secretário, os dados sobre adoção internacional vão ser inseridos, automaticamente, no CNA e as habilitações continuarão sendo feitas pelas Cejais. “Isso vai aumentar consideralvelmente as possibilidades de adoção, pois um casal estrangeiro, habilitado em Alagoas, por exemplo, terá seu cadastro inserido nacionalmente. No estado, existem 26 crianças, com idade entre 9 e 17 anos, esperando por um lar”, informou.
José Hamilton destacou casos marcantes de adoções internacionais feitas em Alagoas, por meio da Cejai. “Acompanhei a adoção de uma menina de 13 e de um menino de 11 anos, que não teriam chance de ser adotados por famílias brasileiras por causa da idade. Houve também o caso de um menino de 6 anos, portador de hiperatividade, que já tinha sido devolvido por três famílias brasileiras. Ele foi adotado por um casal francês”, relembrou.