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Sesau inicia Campanha Emergencial de Vacinação contra o Sarampo

24/02/2014
Sesau inicia Campanha Emergencial de Vacinação contra o Sarampo

sarampoavacinaCom o objetivo de evitar o registro de casos de sarampo em Alagoas, que está erradicado desde 2000, Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) iniciou, neste sábado (22), a Campanha Emergencial de Vacinação contra o Sarampo. Crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade, que residem em Maceió e na região metropolitana, além de Maragogi, devem ser imunizadas até o dia 28 de fevereiro, nos postos de saúde mais próximos de suas residências, que funcionam das 8h às 17h.
A campanha emergencial se deve aos casos atualmente registrados nos estados do Ceará e Pernambuco e à necessidade de interromper a cadeia de transmissão do sarampo no Nordeste. Devido a esses dados crescentes e à proximidade do Carnaval – época em que o fluxo de entrada e saída de pessoas aumenta entre os estados – a meta é vacinar indiscriminadamente 95% do público-alvo da campanha, que em Alagoas corresponde a 84.680 crianças.
Para isso, o Estado recebeu do Ministério da Saúde 90 mil doses extras da vacina tríplice viral, para intensificar a imunização contra o sarampo, além de rubéola e caxumba. “Estamos tentando evitar a reintrodução do vírus no Estado que, desde 2000, não apresenta casos da doença. Mas, para impedir que o vírus possa acometer as crianças, é preciso tomar a dose da vacinação, visto que a imunização é a forma mais segura para interromper a cadeia de transmissão da doença”, esclarece a gerente estadual do Programa Nacional de Imunização (PNI), Denise Castro.
Atendendo ao apelo da Sesau, a autônoma Josineide da Silva levou o bebê José Alessandro, de seis meses, para receber a dose da vacina na manhã deste sábado (22). “Moro no Vale do Reginaldo e fiquei sabendo da campanha pelas enfermeiras da Equipe Saúde na Família. Não vou viajar no Carnaval, mas o importante é proteger meu filho”, disse a mãe, atendida no Pam Pitanguinha.
Já o dentista Marcelo Henrique, que vai passar as festividades em Recife, levou a filha Maria Ana Gabriele, de dois anos e oito meses, para ser vacinada. “Vamos para uma área que é foco da doença e já teve casos registrados neste ano. Então, é importante se proteger para aproveitar o Carnaval, com a garantia de que a nossa filha estará segura contra o sarampo”, salientou.
No ambulatório João Paulo II, no Jacintinho, o movimento dos pais foi intenso no primeiro dia da campanha. Muitos até já estavam fantasiados para, depois de terem as crianças imunizadas pela dose, curtir as prévias carnavalescas em Maceió. “Minha vizinha, os profissionais do Bolsa Família, muitos foram os que nos informaram sobre a importância de vacinar nossos filhos, e foi isso que vim fazer”, contou a dona de casa Rosa Maria, que levou sua pequena Estefan Lavínia, de 11 meses, para vacinação.

Importância da Vacinação
De acordo com a gerente do Programa Nacional de Imunização em Alagoas, Denise Castro, além da capital e dos municípios da região metropolitana (Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Marechal Deodoro, Messias, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Flexeiras, Santa Luzia do Norte e Satuba), a dose da vacina vai estar disponível para as crianças que residem em Maragogi, devido ao grande fluxo de turistas na cidade e advindos de locais onde há intensa circulação viral.
“A vacina também está disponível para os adultos com até 49 anos, que nunca se vacinaram contra a doença e que vão ou vem de cidades onde há registros de casos de sarampo, como nos estados de Pernambuco e Ceará. Também devem ser vacinados aqueles que passarem pelo Estado da Bahia, principalmente durante o Carnaval, onde há grande fluxo de pessoas de todo país, ficando assim suscetíveis à doença”, alertou Denise Castro.

Contraindicações
A vacina contra o sarampo não deve ser administrada em crianças com imunodeficiência congênita ou adquirida, acometidas por neoplasia maligna ou que estão em tratamento que utilizam corticosteroides em esquemas imunodepressores. Àquelas também submetidas a outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia, entre outros), também devem ser imunizadas.

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