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Vigilância Sanitária reprova carros pipas em Palmeira dos Índios

10/12/2013
Vigilância Sanitária reprova carros pipas em Palmeira dos Índios
Fiscalização em palmeira dos Índios constatou mais irregularidades defronte ao prédio da CASAL

Fiscalização em palmeira dos Índios constatou mais irregularidades defronte ao prédio da CASAL

Uma equipe da Vigilância Sanitária do Estado, através de seu coordenador Paulo Bezerra esteve hoje (10) em Palmeira dos Índios, para fiscalizar a utilização de carros pipas na cidade. A verificação – que contou com o auxílio de membros da Defesa Civil do estado e do Exército – ocorreu defronte a sede do escritório da CASAL, em Palmeira dos Índios, onde dezenas de carros pipas abastecem diariamente para levar o líquido precioso às famílias da zona rural que sofrem com a seca.

Com a chegada da equipe de fiscalização – por volta de 10 horas da manhã – alguns “pipeiros” saíram do local – com receio da verificação. Os que ficaram, tiveram que se submeter a verificação dos fiscais que constataram várias irregularidades nos caminhões que fazem o transporte da água para as vítimas da seca.

Para realizar o transporte de água, o caminhão não pode ter perfurações, vazamento, amassados e ferrugem. Esse são os requisitos mínimos exigidos. Além disso, a parte interna do tanque dos veículos deve ser lisa e impermeável (não absorver água), construída ou revestida de material anticorrosivo e antioxidante, não tóxico, que não altere a qualidade da água e proteger o interior da ação dos produtos químicos usados na desinfecção de rotina.

Apenas esse caminhão foi aprovado na fiscalização

Na ocasião apenas um caminhão foi aprovado na verificação da  Força tarefa do Governo do estado. O restante (mais de 10 caminhões foram reprovados). Ainda na oportunidade, os “pipeiros” receberam material explicativo com os cuidados que devem ser tomados para o transporte de água.

Vistoria é rigorosa

Os proprietários dos veículos devem apresentar uma nota fiscal que especifique o material utilizado na fabricação dos tanques que transportam água, que é considerada um alimento.
Os veículos que não estão atendendo a esta determinação da Anvisa, automaticamente são reprovados, segundo assegurou o diretor da Vigilância Sanitária Estadual, Paulo Bezerra. Com isso, o alvará dos caminhões é cassado e eles são proibidos de realizar o transporte de água por meio das Operações Carros-Pipa e Água é Vida, realizadas respectivamente pelo Exército Brasileiro e Governo do Estado.
“Verificamos que a maioria dos caminhões tem o tanque fabricado de forma artesanal, sem utilizar o material exigido pela Anvisa. Como a Lei é clara, eles não podem transportar água para o consumo humano, e ficarão sem o alvará até que regularizem a situação, ou seja, adquiram um tanque fabricado com aço inoxidável, além de atender aos padrões de segurança exigidos pelo Exército e Defesa Civil”, informou Paulo Bezerra.

Comunicação à Justiça – Após o primeiro dia da Operação de Vistoria dos Carros-Pipa, o diretor da Vigilância Sanitária Estadual esteve reunido com a juíza da 3ª Vara da Comarca de Palmeira dos Índios, Isabelle Coutinho Dantas. Paulo Bezerra comunicou verbalmente a ação realizada, informando que irá remeter um relatório detalhado à magistrada, que irá conter o resultado da operação realizada nesta terça-feira (10), onde apenas dois caminhões foram aprovados.
Isso porque, no último dia 6, a juíza Isabelle Coutinho Dantas determinou a suspensão do fornecimento de água pelos carros-pipa que não atendem aos padrões especificados pela Anvisa. Daí porque, a necessidade de realizar a vistoria para verificar quais os veículos cumprem a Lei e, consequentemente, à determinação judicial.
“Mesmo sem uma notificação formal da Justiça, quanto à necessidade de inspeção dos carros-pipa, nos antevemos e realizamos a ação em Palmeira dos Índios. Com isso, asseguramos que se cumpra a Lei e somente os veículos aptos possam transportar água para consumo humano, evitando que água contaminada chegue à população e possa desencadear doenças, a exemplo da diarreia”, informou o diretor da Vigilância Sanitária Estadual.