Política

Collor anuncia realização do Fórum Nacional de Infraestrutura

04/12/2013
Collor anuncia realização do Fórum Nacional de Infraestrutura

Collor CIA Comissão de Infraestrutura do senado vai realizar, em março de 2014, a primeira edição do Fórum Brasileiro de Infraestrutura ao Desenvolvimento Nacional. O anúncio foi feito pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), presidente da comissão, na manhã desta quarta-feira. O evento, segundo ele, foi idealizado a partir dos debates ocorridos nos ciclos de audiências públicas realizados pela comissão, no biênio 2009-2010 e no ano de 2013.
O fórum vai abordar uma série de temas, tratados e desenvolvidos por renomados especialistas setoriais, com o objetivo de destacar os principais desafios dos setores, como a necessidade de recursos humanos e as interações entre as políticas públicas e os gargalos da infraestrutura nacional.
Segundo Collor, a comissão pretende, além de agregar os estudos já realizados, e mobilizá-los no sentido de sua inserção nas agendas das políticas econômicas, sociais e de desenvolvimento, também, a criação de um novo espaço de mobilização periódica, mantendo atualizados os estudos acerca dos diversos temas e setores envolventes.
O senador explicou que o fórum será realizado anualmente, sempre no início dos trabalhos da Comissão, proporcionando dois dias de debates e seminários em torno de temas previamente agendados por um comitê organizador, a ser integrado por especialistas e parlamentares, a partir da própria Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado.
“Esse será um espaço criado pelo Senado Federal e destinado ao conjunto da sociedade, aos consumidores, aos empresários e usuários, ao governo e aos especialistas. Dessa forma, será possível associar a temática de cada ano às questões mais relacionadas à conjuntura nacional, especialmente no que diz respeito às prioridades e às questões estruturantes do desenvolvimento do país”, disse ele.
Na memória dos últimos ciclos de Debates e Estudos realizados pela CI, os gargalos da infraestrutura, considerados problema crônico do país, colocam em evidência um dos desafios do governo: aumentar a competitividade e a capacidade de crescimento da economia nacional e do bem-estar dos brasileiros.
Collor lembra que, para muitos analistas e empresários, investimento e gestão são as chaves para desatar o nó logístico do país, que inclui estradas sem condições de tráfego, aeroportos saturados, malha de ferrovias e hidrovias insuficiente, e portos sem dragagem. “Trata-se de tarefa ainda mais urgente em um cenário de moeda nacional valorizada, que aumenta o preço dos produtos brasileiros no exterior e reduz a competitividade de nossa indústria”.
Ele citou dados da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), segundos os quais, na comparação com 2009-2010, o país registrou alta no consumo de energia (7,5%), gás natural (13,4%), passageiros em aeroportos (24,4%), estradas pedagiadas (6,1%), cargas em aeroportos (13,5%) e em portos (14,2%). Mostraou, ainda, que apenas 41% de rodovias estão em estado considerado ótimo ou bom, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Isso em um país em que 60% do transporte de cargas se dá nas estradas. “A estatística sobre a má conservação viária alimenta números como os das 397 mortes registradas entre 2007 e 2009, somente nos 315 km da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares (MG)”, lembrou o senador.
Citou, também, estudo do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, o Coppead da UFRJ, que apontam os acidentes de trânsito como o segundo problema de saúde pública do país, atrás apenas da desnutrição.
Ele destacou que o Brasil deve especial atenção aos aeroportos, sobretudo diante da demanda que se aproxima, com a realização, no país, dos maiores eventos esportivos do planeta: a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.
“Para acompanhar o ritmo da demanda, prevê-se a necessidade de o país aumentar a capacidade atual dos aeroportos em 2,4 vezes (de 130 milhões para 310 milhões de passageiros/ano) até 2030, o que consumiria até R$ 34 bilhões em investimentos”, concluiu o senador alagoano.

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