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Campanha de Vacinação Antirrábica servirá de modelo para a China

01/12/2013
Campanha de Vacinação Antirrábica servirá de modelo para a China

DSC_0023A Campanha de Vacinação Antirrábica de Alagoas, que é realizada anualmente pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e já erradicou a raiva humana há 10 anos, servirá de modelo para a China, que anualmente registra mais de 2.500 casos da doença. Para conferir o trabalho eficiente realizado pelos técnicos do Programa de Controle da Raiva de Alagoas, uma comitiva do governo chinês acompanhou o Dia D de Vacinação Antirrábica Canina e Felina, que aconteceu neste sábado (30), nos 102 municípios alagoanos.
Coordenada pelo vice-diretor do Centro de Controle de Doença Animal da China (CDCA), Hongyuan Qian, a equipe chinesa visitou postos fixos de vacinação em Maceió e observou todo o processo de execução da Campanha de Vacinação Antirrábica Canina e Felina. Acompanhados do coordenador do Programa de Controle da Raiva em Alagoas, Valmir Costa, os técnicos do governo chinês puderam conhecer toda a estrutura montada pela Sesau, que compreende 3.510 postos fixos, 11.305 vacinadores, 341 supervisores e 103 coordenadores.
Antes de verificar in loco como é realizado o Dia D, os técnicos chineses foram informados sobre todo o processo de execução da campanha, que até o dia 6 de dezembro pretende vacinar 353.765 cães e 171.696 gatos. Isso porque, segundo explicou Valmir Costa, para que o Estado obtenha êxito na realização das campanhas anuais, “é necessária a elaboração de um cronograma de ações, que são iniciadas com a compra de vacinas, agulhas e seringas; treinamento dos vacinadores municipais; distribuição dos insumos aos postos fixos dos municípios e divulgação da campanha nos veículos de comunicação”, enumerou.
Após acompanharem atentamente todas as explicações repassadas pela equipe técnica da Sesau, os chineses tiraram dúvidas, fotografaram a ação nos postos de vacinação e realizaram anotações para subsidiar a realização de uma campanha similar na China. “Nossa missão em Alagoas foi buscar informações técnicas do trabalho realizado pela Sesau, que levou à erradicação da raiva em Alagoas. Após conhecer toda a logística sobre a Campanha de Vacinação Antirrábica Canina e Felina, iremos formatar uma estratégia a ser aplicada na China”, destacou Hongyuan Qian.
Ao visitarem a Unidade Básica de Saúde João Macário, no Conjunto Santos Dumont, em Maceió, os técnicos chineses ficaram impressionados com a adesão dos alagoanos à Campanha de Vacinação Antirrábica Canina e Felina. Na oportunidade eles ouviram relatos dos donos de cães e gatos, a exemplo da professora Marta Ester Campos. “O governo oferece a vacina de forma gratuita para os animais, cabendo aos proprietários a responsabilidade de levá-los aos postos de vacinação. Uma atitude que assegura a prevenção da raiva para os animais e humanos”, salientou.

 

Vacinação servirá de modelo para a China

Vacinação servirá de modelo para a China

A Raiva
Caracterizada como uma doença infecciosa aguda, que uma vez instalada é sempre fatal, já que não há tratamento específico, a raiva humana é causada por um vírus que se aloja pelo sistema nervoso de animais domésticos ou selvagens, a exemplo de cães, gatos, macacos e morcegos, sendo transmitida para os humanos. A transmissão da doença ocorre pela saliva do animal contaminado pelo vírus da raiva, através de lesão da pele do novo hospedeiro, a exemplo de uma arranhadura, mordida ou lambida do animal doente.
Diante desta realidade, Valmir Costa, alerta que, “em caso de agressão por cães, gatos e outros animais, a pessoa exposta deve ser orientada a lavar o ferimento com água e sabão, além de procurar imediatamente assistência médica”. Somente em três casos no mundo as vítimas conseguiram sobreviver à raiva, a exemplo de um homem residente em Pernambuco, que foi diagnosticado em 2008.
Em 2010 foram notificados dois casos de raiva humana no Brasil e os dois pacientes morreram. Um dos casos ocorreu no Rio Grande do Norte, por ataque de morcego, e outro no Ceará, por ataque de cão. Por outro lado, o último caso da doença registrado em Alagoas ocorreu em 2003, em Marechal Deodoro, quando um homem foi mordido por um cão não vacinado, segundo informações da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Sesau.