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Pesquisa mostra como está a qualidade do atendimento aos turistas em Alagoas

13/11/2013
Pesquisa mostra como está a qualidade do atendimento aos turistas em Alagoas

Empresários ligados ao setor do Turismo foram convidados pelo Sebrae Alagoas para conhecer “Como estamos atendendo o turista estrangeiro”. O conteúdo foi repassado através de uma palestra, ministrada pela consultora Sarah Albrecht, na manhã desta quarta-feira (13), com os resultados de uma pesquisa realizada este ano por meio do Cliente Oculto, ferramenta utilizada para medir a qualidade do atendimento de empresas ou para levantar informações específicas sobre produtos e serviços.

Paulo Vicente

Empresários assistem à apresentação dos resultados da pesquisa

Sarah Albrecht avaliou os estabelecimentos, passando-se por uma possível cliente estrangeira. Nas visitas, ela tentou comprar produtos e serviços, fazendo perguntas em inglês ou espanhol. Foi visitada uma amostra de 40 estabelecimentos em Maceió e na Praia do Francês, nos segmentos de: meios de hospedagem, locadoras de automóveis, agências de viagem, artesanato e gastronomia. Os critérios de avaliação foram proatividade, brasilidade, dólar, idiomas e presença online.
De acordo com Vanessa Fagá Rocha, gerente da Unidade de Turismo e Economia Criativa do Sebrae Alagoas, o objetivo do encontro foi mostrar aos empresários ligados ao setor um panorama da qualidade dos serviços e produtos oferecidos ao turista. “A Copa do Mundo está próxima. Apesar de Maceió não ser uma das cidades sede, receberemos a visita de vários turistas, e precisamos estar preparados e preocupados em oferecer sempre um serviço de qualidade, tanto para o turista estrangeiro, quanto para o turista brasileiro”, defende Vanessa.
No quesito proatividade, as empresas visitadas apresentaram bons índices: o artesanato foi destaque com 70% desse quesito. O menor índice ficou com as agências de viagem, que apresentaram 33% da capacidade de agir, ou seja, de iniciativa.
No critério brasilidade, meios de hospedagem, locadoras de automóveis e empresas de artesanato e gastronomia apresentaram bons resultados. A culinária é um exemplo, pois oferece ao visitante criatividade nos pratos apresentados e faz o turista degustar pratos típicos, só encontrados nessa região. Nesse critério, apenas as agências de viagens apresentaram pontos negativos, já que funcionários das agências desconheciam fatos históricos do país e da sua região de origem, além de deixarem a desejar nas informações que deveriam ser repassadas ao visitante.
O artesanato voltou a surpreender na pesquisa: na avaliação sobre o idioma, 20% dos artesãos conseguem dialogar e vender seus produtos para estrangeiros. Nesse quesito, o primeiro lugar ficou para as locadoras de automóveis, com 33% de funcionários falando outro idioma.
A pesquisa também mostrou que é preciso melhorar os índices de aceitação do dólar nos estabelecimentos. Meios de hospedagem e artesanato foram os dois segmentos que apresentaram os maiores números, 84% e 60%, respectivamente. Quanto à presença online, quase todos tinham sites, mas apresentavam deficiências quanto ao atendimento. Muitos não deram feedback ao cliente através de e-mail, e quase todos não possuíam o endereço eletrônico em outro idioma.
Sarah Albrecht, além de apresentar esses indicadores, deu várias dicas para que o empresário melhore a qualidade dos produtos e serviços, e, o mais importante, tenha um diferencial.
“Não se deixe bloquear, não se sinta incapaz diante do turista só porque você não sabe falar inglês. Sugira um diálogo em espanhol, que a compreensão é mais fácil, ou então use a tecnologia a seu favor: hoje, já existem vários aplicativos que facilitam o diálogo. Procure estar sempre bem informado; se seu estabelecimento não aceita dólar, procure saber dos horários de funcionamento das casas de câmbio. Além disso, saiba identificar coisas que agreguem valor e brasilidade ao seu produto. Seja criativo e ofereça ao visitante estrangeiro uma experiência tipicamente brasileira”, finalizou Sarah.