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MP, Justiça e Polícias definem medidas de segurança para conter violência em Pilar

11/11/2013
MP, Justiça e Polícias definem medidas de segurança para conter violência em Pilar

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), por meio da Promotoria de Justiça de Pilar, e o Poder Judiciário se reuniram nesta segunda-feira (11) para cobrar do Estado um plano de segurança que possa proteger o pilarenses. O encontro ocorreu no fórum da cidade, após convocação do promotor Jorge Dória e do juiz Sandro Augusto Santos. A Delegacia Geral da Polícia Civil e o Comando-Geral da Polícia Militar também participaram da reunião.
As Polícias Civil e Militar atenderam ao pedido feito pelos representantes do MPE/AL e da Justiça e vão montar uma força-tarefa para combater a violência na cidade. Provisoriamente, as cúpulas das duas instituições de segurança vão se instalar no município a partir da próxima quarta-feira, por tempo indeterminado. Os 53 inquéritos de crimes de assassinatos de 2013, que estavam paralisados, terão as investigações retomadas esta semana, com ajuda da Delegacia de Homicídios e da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic) da Polícia Civil. O atual delegado da cidade será substituído.
Haverá ainda a designação de um delegado especial para apurar as mortes de mãe e filha assassinadas dentro de um táxi, durante um tiroteio na semana passada. A Polícia Civil também fará uma panfletagem no município, pedindo para que a população contribua com informações através do Disk Denúncia 181. Já a Polícia Militar informou que, desde sábado, reforçou o policiamento em Pilar com duas viaturas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e duas da Força Nacional. Os militares vão mandar mais uma guarnição amanhã.

Promotor Jorge Dória

Promotor Jorge Dória

“Estamos saindo esperançosos dessa reunião. Esperamos que as medidas prometidas sejam adotadas de imediato e surtam efeito. Não adiantam mais ações paliativas. O planejamento de combate ao crime tem que acontecer de maneira que as polícias trabalhem de forma sistemática, sem freios. Se o Iraque é aqui, temos que nos unir para mudar esse quadro. Do contrário, adotaremos as providências cabíveis contra o Estado, a exemplo de ações civis públicas por obrigação de fazer e ações de responsabilização pelas omissões cometidas”, disse o promotor Jorge Dória.
“Nossa expectativa é otimista, queremos acreditar que o índice de violência em Pilar será diminuído. Entretanto, deixamos claro que não aceitaremos medidas que não sejam permanentes e efetivas”, completou o juiz Sandro Augusto
O Ministério Público Estadual e a Justiça vão pedir a transferência de presos oriundos do Pilar, que estão no sistema penitenciário, para outros estados. A Polícia Militar informou também que existe um projeto para a instalação de uma base comunitária na cidade para o início de 2014.