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Fórum de Saúde Mental discute políticas públicas para os usuários dos Caps

13/09/2013

Para fortalecer as ações da Rede de Atenção Psicossocial, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) realizou, nesta quinta-feira (12), o VI Fórum de Saúde Mental, Crack, Álcool e outras Drogas, com foco na estratégia de redução de danos. O evento, que foi destinado aos profissionais que atuam nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da 1ª Região de Saúde, aconteceu no auditório do Conselho Regional de Psicologia, no Farol.

Olival Santos

Fórum Regional em Dependência Química

Com o objetivo de discutir políticas públicas de assistência aos usuários dos Caps, o fórum foi uma oportunidade para os técnicos da área de Saúde Mental debaterem propostas focadas na Rede de Atenção Psicossocial. Segundo a técnica da Gerência de Saúde Mental do Estado, Tereza Cristina Vilela, as formas de acolhimento também foram abordadas no evento.
“O Estado tem trabalhado no sentido de fazer com que a Política da Saúde Mental seja entendida e melhorada, beneficiando assim o serviço prestado aos usuários dos Caps. Para isso, o desafio está em sensibilizar os profissionais e gestores para participar da construção da Rede de Atenção Psicossocial”, esclareceu a apoiadora técnica.
Para a coordenadora do Caps AD 24h, Tereza Cristina Tenório, a situação de desamparo social se reflete na saúde mental das pessoas. Por esse motivo, o usuário apresenta uma série de informações, para as quais é preciso buscar estratégias para que ele procure a mudança, por meio do apoio profissional, fortalecendo assim o protagonismo dos usuários e familiares.
“Uma das estratégias de atuação na Rede de Atenção Psicossocial é a busca pelo avanço e promoção de uma aliança terapêutica, por meio de um ambiente acolhedor, onde usuários, familiares e profissionais possam se sentir parte responsável do processo”, explicou a coordenadora do Caps Ad 24h.
O fórum abriu espaço para os profissionais discutirem duas temáticas que abordaram o fortalecimento das ações da Rede de Atenção Psicossocial em Dependência Química. Ações que devem ocorrer, segundo a política de saúde mental, sob a ótica da regionalização e da intersetorialidade, e também sobre o acolhimento como cuidado em saúde mental.
Redução de danos – Ainda segundo Tereza Cristina Tenório, a Redução de Danos é mais uma possibilidade de acesso ao usuário. Segundo ela, a política não se trata apenas da substituição de uma droga mais forte por uma mais fraca, com fim na abstinência parcial, e sim, é uma estratégia bem mais ampla.
“A Política de Redução de Danos proporciona uma reflexão ampliada sobre a possibilidade de diminuir danos ao usuário e, com ações somadas à Rede de Atenção Psicossocial, promove ainda cuidados em saúde, previne o consumo e dependência, promove reabilitação e reinserção das pessoas, dentre outras iniciativas”, acrescentou a coordenadora.
Ainda participaram da solenidade de abertura do seminário, Hugo Nogueira, coordenador de Saúde Mental da Secretaria de Saúde de Maceió; Lourenço Leirias, representando o Conselho Regional de Psicologia; Rostan Silvestre, do Caps Maceió; e Marluce Souza, do Conselho Municipal de Saúde.

    Caps – Com o objetivo de oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários e fortalecimento dos laços familiares e comunitários, o Sistema Único de Saúde (SUS) criou os Caps. Em Alagoas são 55 unidades e, apenas na 1ª Região de Saúde são 10 unidades habilitadas, que estão situadas em Maceió, Pilar, Rio Largo, Satuba, Messias e Marechal Deodoro.