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A experiência

17/04/2013
A experiência

O fato se deu no mês de junho, Dr. Aurelino chegando ao escritório sentou-se em sua confortável cadeira, acendeu um charuto cubano enquanto lia as matérias dos jornais colocadas em cima do bureau. A secretária interfonou.

– Doutor a estagiária Rosa Cardoso do setor administrativo está solicitando marcar uma reunião de interesse particular com o senhor.
Aureliano Buendia, quase 60 anos, diretor jurídico da multinacional, alegrou-se com o pedido, a figura da estagiária veio-lhe rápido em sua mente, bela morena de cabelos lisos, borboleta tatuada na nuca, sorriso constante parecendo estar de bem com a vida. Respondeu.
– Dentro de 30 minutos posso recebê-la.
Apenas charme burocrático. Foi ao banheiro, ajeitou o cabelo, espargiu perfume, ajeitou duas cadeiras em frente ao bureau, continuou lendo, assuntando o que seria o particular. O interfone tocou, a porta se abriu, Rosa apareceu bela, vestia um pretinho curto, decote generoso revelando atributos anatômicos.
– Pode sentar Dona Rosa.
Ela deu um bom dia charmoso, sentou-se com cuidado, uma dama, além de bonita aquela espécime feminina tem a elegância de rainha.
– Em que posso ser útil? Perguntou Aureliano.
– Doutor, é assunto particular, peço desculpa por tratar aqui no escritório, o senhor vai entender, espero discrição e segredo sobre nossa conversa. Há pouco mais de um ano namoro um jovem, ele quer casar logo, eu prefiro dar um tempo, entretanto, ele insiste em se casar no próximo natal. Meus pais incentivam o casamento. Resolvi aceitar, será dia 28 de dezembro, primeiramente, quero lhe convidar para ser testemunha.
– Aceito com muita honra. Sorriu-lhe Dr. Aureliano.
– Agora a história principal, como homem o senhor talvez se choque, até me demita, entretanto, tenho a coragem de encarar a vida como ela é. Estou de coração aberto, caso pensado e repensado. Meu namorado é um belo rapaz, forte, alto, tipo agradável às mulheres. Acontece que, quando fazemos sexo, ele se torna intempestivo, sexo selvagem, rude, rápido, gosto sim. Porém venho pensando, terei apenas experiência de sexo com o Thomaz? Não é justo, ele já conheceu todos os tipos de mulheres.
Tenho uma estrutura de educação religiosa, não quero trair meu marido, contudo, um diabinho fica no meu ouvido, aproveita enquanto ainda está solteira. Eu então resolvi ter outra experiência enquanto não casar. Quero deitar-me com alguém mais velho, alguém que me faça sentir mulher, carinhos delicados, me ensine detalhes mais sofisticados do amor. Eu preciso desse favor, escolhi o senhor para essa experiência. Pelos olhares discretos, insinuantes e insistentes quando passo, percebo, o senhor gosta do meu visual, isso me alegra, além do senhor ser um homem bonito, os cabelos grisalhos me atraem, é divorciado, sem vínculos afetivos. Que tal esse convite, ser amante, professor, até o final do ano?
Aureliano olhou surpreso para moça, no fundo satisfeito, feliz. Aceitou a gentileza de treinar-lhe os detalhes, passar-lhe o saber. Durante seis meses em algumas tardes concretizaram a experiência, até o dia do casamento, Aureliano foi padrinho.
Rosa acabou o estágio, foi contratada efetiva na empresa, encontra o Doutor Aureliano nos corredores. Certa oportunidade ele discretamente falou em saudade das belas tardes, Rosa respondeu com educação, agora casada não se permitia, não traia o marido, entretanto, a experiência com o eficiente professor fico

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